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Crítica - Scarface (1983)

  • lospalmitoscriticos
  • 20 de dez. de 2014
  • 3 min de leitura

Nome original : Scarface

Diretor: Brian De Palma

Roteiro: Oliver Stone

Atores: Al Pacino, Steven Bauer, Michelle Pfeiffer

O primeiro filme Scarface foi gravado em 1932, sendo um filme diferente dos padrões que estavam acostumados a rolam no cinema. Porém, em 1983, com a direção de De Palma, o filme ganha uma visão completamente nova (ambientada nos anos 80) e tem como protagonista o mestre Al Pacino, que acabava de sair da trilogia “O Poderoso Chefão - 1975”, que esbanjava talento e disposição para realizar seu trabalho nas telonas. Aliado ao roteiro de Oliver Stone, o diretor que escreveu o roteiro quando vivia em crise por causa de sua relação conturbada com drogas, o filme foi uma verdadeira revolução para os filmes da época: Cenas fortes e filmadas friamente, juntamente com toda a história envolvendo drogas e crime na cidade de Miami, o que chocou tanto a crítica quanto o público.

O filme já começa informando o seu público sobre o contexto que os EUA viviam no momento: Milhares de imigrantes cubanos chegavam ao país, com vários interesses: Fugir da política de seu país natal e reconstruir sua vida nos EUA. No meio de todos eles, está Tony Montana (Al Pacino) e seu amigo Manny (Steven Bauer) que sonham com uma nova vida, sem fronteiras para crescer. Com esse sonho, eles logo recebem propostas criminosas de Frank Lopez (Robert Loggia) e Tony rapidamente ascende no mundo do tráfico de cocaína, com o que parece ser uma vocação natural aliada a determinação de chegar ao topo. Ele acaba se apaixonando por Elvira (Michelle Pfeiffer), mulher de seu patrão, que após ser derrubado por Tony, acaba se casando com ela, e eles passam a viver uma vida complexa. O modo como esses personagens são retratados, faz pensar no modo de vida que pessoas dispostas a viver no mundo do crime podem levar. Elvira é infeliz, e nunca se satisfaz com nada : Droga, dinheiro, bebidas ou roupas

Já o modo como Tony é retratado é simplesmente incrível: o homem que estava apenas interessado em chegar ao topo da maneira mais “limpa” possível, começa a se corromper e a mostrar comportamentos agressivos e sádicos, sem medir palavras ou esforços para conseguir o que quer. Fato marcante no filme é o quão desbocado Tony é. E sua degradação é uma linha contínua : Quem antes só queria melhorar a vida de sua irmã, por exemplo, acaba se tornando um verdadeiro monstro possessivo que ao descobrir que ela tem um caso com Manny, seu melhor amigo e aliado na vida de Gângster, mata-o sem dó nem piedade.

Resta algum escrúpulo em Tony, obviamente, ao escolher não matar uma família sumariamente, apenas porque o chefe dela era um obstáculo aos seus negócios. Porém, já é tarde demais, pois todos que estavam juntos dele já se afastaram : Mulher, amigos e aliados, culminando na grande cena final, na qual o protagonista é atacado em sua própria mansão e acaba sendo morto em meio a um imenso tiroteio, sangrento e cruel.

Destaque para a fala mais famosa do filme! “SAY HELLO TO MY LITTLE FRIEND!”, na magnífica sequencia final que se tornou mega famosa e referência pop comum.

Com o talento único de Al Pacino (Que parece ter nascido para interpretar criminosos, tanto Mike quanto Tony, ambos tão opostos mais tão bem construídos por Pacino) e ótimo roteiro, o filme se torna indispensável, e ele nos faz pensar até que ponto a ganância pode nos levar, e que esse caminho pode muito bem não ter volta.

Nota: 9,5/10

-- Postado por Luna --

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